Governo do Distrito Federal
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10/07/25 às 17h49 - Atualizado em 10/07/25 às 17h52

EcoTech em Rede mostra as múltiplas perspectivas da sustentabilidade

Realizado na última sexta-feira (4), o simpósio reuniu especialistas para palestras a respeito do desenvolvimento sustentável aliado à tecnologia. 

 

Promover um ambiente de diálogo plural, diverso e responsável foi o objetivo central do evento EcoTech em Rede – Sustentabilidade, Tecnologia e Responsabilidade Social, realizado na manhã da última sexta-feira, 4 de julho, no Campus Norte da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes (UnDF). 

 

Idealizado pelo professor Antonio Augusto Martins, em parceria com o projeto Telhado Verde, o evento contou com uma programação diversificada voltada ao desenvolvimento tecnológico com foco na sustentabilidade. Além de palestras, o público presenciou um desfile de moda sustentável e a premiação dos projetos acadêmicos desenvolvidos por estudantes da UnDF sobre o tema “Incêndios florestais: prevenção e controle”.

 

De acordo com Antonio Augusto Martins, o processo de elaboração do encontro foi pautado na necessidade de promover um debate aberto a respeito de soluções tecnológicas sustentáveis.

“A programação contou com a presença ilustre de especialistas e profissionais de diversas áreas do conhecimento, o que enriqueceu os debates e proporcionou múltiplas perspectivas. Essa diversidade de saberes conferiu ao evento uma abordagem singular, crítica e emancipatória, fortalecendo o diálogo entre ciência, sociedade e meio ambiente”, resumiu o docente.

 

Contexto literário
A relação entre humanidade e natureza foi desenvolvida na fala do professor Guilherme Borges ao fazer um resgate literário sobre três grandes momentos históricos da civilização. Primeiro, o início da organização social em cidades, destacando a separação simbólica entre espaço urbano e natural, com base na leitura do épico Gilgamesh, datado de 2000 a.C. Em seguida, a Revolução Industrial foi analisada a partir dos romances North and South (1854), de Elizabeth Gaskell, e Hard Times (1854), de Charles Dickens, destacando como as fábricas eram retratadas de forma grotesca, remetendo aos castelos góticos. Por fim, a contemporaneidade foi abordada por meio do poema “O Rio” (1953), de João Cabral de Melo Neto, que dá voz ao Rio Capibaribe, narrando seu trajeto por Pernambuco e revelando os impactos humanos sobre a paisagem e os corpos d’água.

 

“Eventos como o EcoTech são fundamentais no contexto universitário porque nos tiram do ambiente tradicional de sala de aula e nos colocam em contato direto com toda a comunidade acadêmica, além de promover a interlocução com palestrantes e convidados externos”, avaliou Guilherme Borges.

 

Caminhos sustentáveis
A gestão de resíduos sólidos urbanos, os desafios atuais e os caminhos sustentáveis para o futuro foram abordados pelo gestor ambiental Wellington Brito, que destacou a importância de compreender o que é desenvolvimento sustentável e seus pilares econômicos e sociais. Aumento da produção de resíduos, descarte irregular do lixo, infraestrutura inadequada, efeito estufa e resistência populacional estão entre os principais problemas enfrentados na administração dos resíduos sólidos urbanos.

 

Lixo zero, economia circular, compostagem de resíduos orgânicos, reciclagem efetiva, maior participação da sociedade, educação ambiental permanente, redução da cultura do desperdício, coleta seletiva eficiente, políticas públicas e responsabilização estatal estão entre as medidas cruciais para enfrentar a problemática.

 

“Foi bonito ver a participação das pessoas nas palestras, atividades, oficinas e no desfile que trouxe a moda sustentável como foco. Vi o brilho no olhar e pude sentir o calor no coração de quem passava por ali como reconhecimento de um evento tão grandioso e importante em nome de uma temática tão necessária para os dias atuais”, declarou Brito.

 

Iniciativas premiadas
Durante o evento, foram premiados os projetos acadêmicos submetidos ao edital Hackathon EcoTech 2025, sob o tema “Incêndios florestais: prevenção e controle”. A equipe EcoFênix ― composta pelos estudantes do quarto semestre de Gestão da Tecnologia da Informação Joquebede Oliveira, Tatiana Abreu, Thiago Farias e Victor Pierobon ―  venceu a seleção com a solução tecnológica “Boitatá”.

 

O Boitatá é um sistema de monitoramento, prevenção e controle de incêndios no Distrito Federal, que utiliza imagens via satélite e análise por inteligência artificial para identificar focos de queimada e seu grau de gravidade. O modelo oferece dados e previsões em tempo real aos gestores do Corpo de Bombeiros, facilitando as estratégias de combate. Além disso, conta com um chatbot no aplicativo de mensagens WhatsApp, que alerta a população sobre os focos de incêndio.

 

“A ideia era realmente trazer a essência da lenda do folclore brasileiro e torná-la realidade com tecnologia. Com esse sistema de suporte completo, também trouxemos a ideia de enxames de drones automatizados equipados com bolas extintoras, que ajudariam no combate a focos de fogo em locais de difícil acesso. Esses drones seriam capazes de extinguir focos menores e ajudar no controle de focos maiores, permitindo mais tempo para a ação dos bombeiros”, explicou Victor Pierobon.

 

Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer animais silvestres como o José, uma cobra da espécie Python ball (Python regius), nativa da África Ocidental, e Rambo, uma iguana-verde (Iguana iguana), nativa das Américas. Eles foram levados ao EcoTech em Rede pela professora Jessika Antunes com o objetivo de demonstrar que esses animais não apresentam riscos à sociedade e merecem medidas de proteção e ações de conscientização da população.

 

 

 

 

Confira as imagens do evento: 

 

Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes - UnDF

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